Município: Cabedelo – PB
Surgimento: 01 de novembro de 2018
Descrição da expressão cultural: Hip hop e Rap
Instagram: https://www.instagram.com/batalhadohalfpb/
Organizadores: Neto Borges, Julio de Lucena e Laila Maria
Contato: Neto Borges (83) 98711-7487
A batalha de rima é uma manifestação cultural popular que tem as suas raízes nas periferias, aponta-se que as disputas entre mc’s tiveram início nos anos 70 nas ruas do Bronx, em Nova York, lugar que é considerado o berço do hip-hop. As batalhas foram ganhando adeptos e adentrando as comunidades do mundo inteiro, ao longo dos anos, caracterizando-se como uma ferramenta de crítica social. No entanto, são comumente associadas com a marginalidade, pelo olhar pejorativo que parte da sociedade tem sobre tal expressão cultural.
No Brasil, a cidade de São Paulo é considerada o berço da cultura da arte de rua, massivas apresentações de Mc’s garantiram um grau de visibilidade aos mesmos, fazendo com que as barreiras dos guetos fossem perpassadas e artistas como Emicida, Criolo e Mano Brow, ganhassem espaço na grande mídia. Porém, ainda é possível perceber a marginalização desta forma de arte.
A batalha de mc’s organizada chegou a cidade de Cabedelo pela iniciativa de três jovens, que sentiram-se inspirados a trazer uma opção de interação entre eles, uma maneira de socialização por intermédio de algo que poderia aproximá-los, um interesse em comum. Sendo assim, a batalha do Half (também conhecida como praça do skate) foi criada em 01 de novembro, sendo tanto para fomento do hip hop na região, como também uma opção de lazer para os jovens ociosos. Um dos organizadores, Neto Borges, aponta para a carência da atenção aos jovens produtores de arte, ou seja, a falta de incentivo, a negligência de talentos locais. Neto também evidencia o papel sociopolítico deste evento. A batalha do Half traz um ambiente de troca de vivências entre os adolescentes que sentem a necessidade de expressar o pensamento através das rimas ou poemas recitados.
Algumas expressões artísticas são marginalizadas por ser um espaço ocupado por minorias historicamente demonizadas. A música, a poesia e outras formas de representação da arte, confere voz a população, seja criticando a política mal intencionada de alguns representantes do poder público ou denunciando as injustiças sociais.
Eli Soares
