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Data de publicação do verbete: 14/03/2016

Comunidade Quilombola do Grilo

Situada no alto de um lajedo, a comunidade pertence à zona rural do município de Riachão do Bacamarte. Práticas culturais: o coco de roda, renda labirinto, loiceiras, entre outras.
Data de publicação: março 14, 2016

Município: Riachão do Bacamarte – PB

Distância até a capital: 97 km

Certidão da Fundação de Palmares: 12/05/2006

População: 71 famílias

Situada no alto de um lajedo, a Comunidade Remanescente Quilombola do Grilo pertence à zona rural do município de Riachão do Bacamarte. O topônimo Grilo, que deu nome ao território quilombola, surgiu a partir da denominação da fonte de abastecimento de água mais antiga da comunidade, conhecida como “Cacimba do Grilo”.

D.Paquinha, uma das residentes mais velhas da comunidade relembra “havia um poço aqui que nunca secava e vinha gente de toda a região em busca de água. Ao redor do poço ficava muita gente que parecia uma invasão de grilo”.

Seus primeiros habitantes, o casal Josefa Graciliano e Manuel, chegaram ao local por volta de 1918. Segundo informações, Américo Tito Sobrinho e Honório Alves eram dois grandes fazendeiros da região que permitiam moradores em suas terras desde que aceitassem se submeter ao regime de trabalho agrícola imposto pelo proprietário.

Em meados do século XX, as famílias que hoje moram no Grilo compraram pequenas áreas ao fazendeiro Nuca Honório, “um comprava um hectare, duas hectares, e outro comprava vinte cincos. Eu sei que cada um comprou um quadradozinho para morar para sair das fazendas dos outros (Américo Sobrinho) que era muito explorado” relembra Leonilda, liderança comunitária da comunidade.

Dentre suas práticas culturais encontramos a ciranda, o coco de roda, rituais, tais como: os casamentos e costumes relacionados à morte, a confecção de renda labirinto, loiceiras, elementos culturais que encurtam o tempo, ligam o passado ao presente e mantém a essência quilombola viva na comunidade.

Destaque ainda para a sabedoria local refletida nos conhecimentos das benzedeiras que utilizam conhecimento empírico sobre as ervas medicinais e a capacidade de usar sua intuição e força interior, sem qualquer compromisso com um rito religioso específico em beneficio dos residentes.

A comunidade busca “reconstruir” suas tradições. A dança, especificamente a ciranda, apresenta-se como uma marca ou elemento de tomada de posse da identidade negra do território, um traço identitário que funciona como uma diferença marcada pelo pertencimento, que os coloca numa divisão das fronteiras entre os de fora e os de dentro.

Fontes:

https://docs.google.com/file/d/0B_jlZF002awzczBZTDl2Q0ZrSjQ/edit

http://erasrafael.blogspot.com.br/2011/04/parahyba-convention-bureau-visita.html

http://quilombosdaparaiba.blogspot.com.br/2013/05/informacoes-sobre-comunidade-quilombola_1204.html

https://docs.google.com/file/d/0B_jlZF002awzblF3Sm13QUQ3R3c/edit?pref=2&pli=1

http://adrianacrisanto.blogspot.com.br/2012/05/louceira-quilombola-faz-performance.html

http://quilombosdaparaiba.blogspot.com.br/2014_01_01_archive.html

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