Naturalidade: Ingá – PB
Nascimento: 16 de fevereiro de 1956
Atividades artístico-culturais: Cozinheira
Facebook: https://m.facebook.com/mariaauxiliadora.mendesdasilva.9
Instagram: https://www.instagram.com/lia_memorial_do_cuscuz/
Maria Auxiliadora Mendes da Silva é a famosa Dona Lia, proprietária do Memorial do cuscuz com sede em Ingá – PB, localizado no interior da Paraíba.
A história de Dona Lia, como é chamada popularmente, refere-se a uma mulher sertaneja com uma vida entre altos e baixos. Desde cedo, possui conhecimento sobre o milho à sua mesa, ela chega a relatar em entrevista concedida ao Paraíba Comunidade, que pela falta de acesso a outros insumos, a sua avó pela manhã já fazia o angu e outra hora havia a tapioca. Ou seja, trata-se de uma refeição ancestral, carregada de emoções e lembranças.
Quando jovem, casou-se e se mudou para Recife, mas a união não saiu como o imaginado e ela se recorda de passar a cozinhar o cuscuz para ter o sustento de seus filhos. Ela diz em uma entrevista: “Vi os filhos caindo de fome, foi quando eu lembrei do cuscuz que a minha avó e minha mãe faziam, fiz e botava meu filho para vender nas portas das obras em Recife, lá em Ibirebeira”.
Sendo assim, Dona Lia retornou a cidade de Ingá, cuidou de sua mãe doente, após o falecimento dela, decidiu renovar-se e viu como escape a propriedade e as relíquias que tinha de sua família. Dessa forma, surgiu o Memorial do Cuscuz, ganhando espaço na pequena cidade do Ingá, expandindo-se por toda a Paraíba e por fim, tomando o reconhecimento nacionalmente. Não é à toa que no dia 07 de novembro de 2019 estreou em um dos programas com grande audiência, levando todo o seu conhecimento a TV aberta, para inúmeros brasileiros conhecerem a cultura ingaense e paraibana.
Devido a pandemia do coronavírus o Memorial fechou em 2020, mas seguiu funcionando por delivery e apesar dos esforços, o rendimento foi reduzido, no qual ela teve de arcar com as despesas através de sua aposentadoria. Não bastando a pandemia, ainda ocorreu um incêndio em decorrência de um curto circuito e isso a afetou emocionalmente por não poder salvar uma parte de suas relíquias de família. Porém, apesar de todas as adversidades ela pontua: “Eu posso considerar que pelo o que já passei, isso aqui foi uma experiência”. E segue fazendo o seu trabalho com muita emoção e perseverança, dando relevância a nossa cultura paraibana.
Jaqueline Rodrigues
Fontes:
https://m.facebook.com/mariaauxiliadora.mendesdasilva.9
https://blogdovavadaluz.com/destaque/um-bom-dia-com-dona-lia-do-memorial-do-cuscuz-na-globo-video