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Data de publicação do verbete: 23/11/2015

Índios Potiguaras

Eram chamados: Potygoar, Potyuara, Pitiguara, Pitagoar, Petigoar. Do Tupi: “pescadores de camarão” ou “comedores de camarão”. Os remanescentes vivem no litoral norte do estado.
Data de publicação: novembro 23, 2015

Municípios: Baía da Traição e Rio Tinto – PB

Região: Microrregião do Litoral Setentrional Paraibano

Número de indígenas: 13.547

Quando os portugueses e outros povos europeus chegaram ao Brasil, por volta do século XVI, os índios potiguaras já habitavam a região que se estendia do litoral do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte até a Paraíba.

Os indígenas eram chamados: Potygoar, Potyuara, Pitiguara, Pitagoar, Petigoar. Do Tupi: “pescadores de camarão” ou “comedores de camarão”. Dentro do contexto histórico nacional é possível afirmar que os Índios Potiguaras foram uma das etnias tupis mais notáveis, principalmente por sua capacidade de resistência aos ataques portugueses, usando um complexo sistema de alianças com ingleses, mas principalmente com franceses.

Sua agricultura era bastante desenvolvida, tendo como principais produtos mandioca, milho, batata, raízes em geral, além de praticarem a coleta de frutas, como caju e mangaba para fabricar bebidas fermentadas.

Dentre seus hábitos, dedicavam-se a pesca, tanto no mar como nos rios, utilizavam linhas e anzóis artesanais, pequenas redes, arco e flecha, arpão e do mangue, e comiam os caranguejos que pescavam com as próprias mãos, além da pratica de Toré, uma dança que está na própria percepção e representação da tradição coletiva, sendo, portanto, um elemento essencial para eles refletirem no seu passado histórico.

Para os potiguaras, os ciclos lunares bem como os consequentes fenômenos das marés, tem uma importância ímpar para a percepção do tempo em terno de divisões das estações climáticas, que para eles são denominadas mais pelas dinâmicas das chuvas do que pela temperatura ambiente.

Muitos potiguaras são cristãos ou optam por práticas espirituais ancestrais que veneram entidades e realizam rituais ligados à macumba, ao catimbó e a jurema. O catolicismo é a religião institucionalizada mais antiga entre os potiguaras mediante influência.

Nos quase cinco séculos de convivência com os brancos, os Potiguaras já passaram por várias situações de contato, nem sempre felizes. Foram obrigados a viver de acordo com as regras e os valores da sociedade nacional, mas ao mesmo tempo não tiveram acesso em sua plenitude a esta sociedade, e à sua cultura. Suas tradições, inclusive a língua e a religião foram aos poucos substituídas, na medida do possível, pela cultura regional. Ficaram de fora os privilégios da sociedade dominante.

Tiveram acesso, por exemplo, à língua portuguesa e à religião católica, à alimentação, ao vestuário, à habitação, às ferramentas, armas e utensílios, mas não na medida em que queriam.

Os índios lavram a terra ao modo regional, plantam os mesmos produtos dos camponeses não-indígenas, compram, trocam e vendem como eles e com eles, mas tudo isto é insuficiente para satisfazer suas necessidades básicas. Casam no civil e no religioso, possuem título eleitoral, e alguns remanescentes conseguiram ingressar na politica municipal de cidade de Baía da Traição.

Atualmente, os remanescentes dos Potiguaras paraibanos vivem no litoral norte do estado nos municípios de Rio Tinto e principalmente Baía da Traição, nome derivado de uma emboscada dos índios potiguaras e dos franceses contra os portugueses.

As crianças frequentam escolas de primeiro grau existentes dentro do Posto Indígena, os adultos jogam futebol e dançam ao som de músicas tipicamente nordestinas.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Potiguaras

https://historiapratodomundo.wordpress.com/2014/03/26/sobre-os-indios-potiguaras/

http://www.prpb.mpf.mp.br/news/mpf-participa-de-comemoracao-do-dia-do-indio-em-baia-da-traicao-pb

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