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Data de publicação do verbete: 26/09/2023

José Marcolino Alves

Poeta e compositor.
Data de publicação: setembro 26, 2023

Naturalidade: Sumé – PB                                                              

Nascimento: 28 de junho de 1930                                                            

Falecimento: 20 de setembro de 1987                                              

Atividades artístico-culturais: poeta e compositor                                              

Composições: Sertão de aço; Serrote Agudo; Pássaro Carão; Matuto Aperriado, baião; A Dança de Nicodemos; No Piancó; (1962) Pedido a São João; Caboclo Nordestino; (1963) Cacimba Nova; Numa Sala De Reboco; Cantiga do Vem-Vem; (1964) Fogo sem Fuzil; Quero Chá; Projeto Asa Branca; (1983) Boca de Caieira; Eu e Meu Fole; (1986) De Olho no Candeeiro; Bota Severina Pra Moer; Obrigado meu Deus; (1987) 

Naturalidade: Sumé – PB                                                              

Nascimento: 28 de junho de 1930                                                            

Falecimento: 20 de setembro de 1987                                              

Atividade artístico-cultural: poeta e compositor                                              

Composições: Sertão de aço; Serrote Agudo; Pássaro Carão; Matuto Aperriado, baião; A Dança de Nicodemos; No Piancó; (1962) Pedido a São João; Caboclo Nordestino; (1963) Cacimba Nova; Numa Sala De Reboco; Cantiga do Vem-Vem; (1964) Fogo sem Fuzil; Quero Chá; Projeto Asa Branca; (1983) Boca de Caieira; Eu e Meu Fole; (1986) De Olho no Candeeiro; Bota Severina Pra Moer; Obrigado meu Deus; (1987). 

José Marcolino Alves nasceu em Sumé, na Paraíba, berço da poesia do Pajeú e do Cariri nordestino. Filho de pai cearense e mãe paraibana, Zé Marcolino casou com Maria do Carmo Alves no dia 30 de janeiro de 1951 com quem teve os filhos Maria de Fátima, José Anastácio, Maria Lúcia, José Ubirajara, José Walter, José Paulo e José Itagiba, sete filhos ao todo. Em 1961 ele veio conhecer Luiz Gonzaga em Sumé, esse foi o início de uma grande e frutífera parceria. Gonzagão tratou de levá-lo para o Rio de Janeiro. Na temporada, o Velho Lua gravou o disco Véio Macho, com seis músicas de Marcolino, que toca gonguê nesse disco gravado pelo estúdio RCA. No LP A Triste Partida, Luiz Gonzaga gravou Cacimba Nova, Maribondo, Numa Sala de Reboco e Cantiga de Vem-vem.            

Ele contou das cartas que enviava para o mestre Luiz Gonzaga. Ainda tentou encontrá-lo, mas abordou o Rei do Baião em Sumé mesmo e terminou acompanhando-o para uma turnê no Rio. A saudade do Sertão o fez voltar para o pé de serra onde deixou ficar seu coração. Até hoje, intelectuais, magistrados, promotores, advogados, jornalistas, músicos e literatas reverenciam José Marcolino Alves.  No dia 18 de janeiro de 1962, no estúdio da RCA, Luiz Gonzaga com Zé Marcolino, gravaria o repertório Véio Macho, metade das 12 faixas era de José Marcolino. Indagado durante uma entrevista no Rio de Janeiro se pretendia ser apenas compositor, José Marcolino comentou tímido: “Seu Luiz Gonzaga, na vinda aqui para o Rio, apresentou-me como cantor em Paulo Afonso (BA). Quer que eu cante aqui também. Vou ver se tenho coragem para isso”. José Marcolino, com sua linguagem simples, falou sobre suas atividades em Sumé, como vaqueiro, pedreiro, barbeiro e compositor. – Das suas profissões, qual a que rende mais ? – pergunta o repórter ao poeta. “Acho que é a de vaqueiro. Vender gado é um bom negócio”, atestou.

Ele participou de uma turnê, começando pelo Sul do país. Quando se dirigiram ao Nordeste, Zé Marcolino já estava decidido: não voltaria ao Rio de Janeiro. No xote Matuto Aperreado, gravado por Luiz Gonzaga, ele descreve bem como se sentiu na cidade grande: “Fico doido com tanta fala de gente e a zuada de automóvel a me assustar, se na rua vou fazer um cruzamento, tenho medo, eu num posso atravessar desse jeito, eu sou franco em dizer, mas um dia eu aqui não posso mais ficar”. No final da demorada turnê, no Crato (CE). Ele pegou um ônibus para Campina Grande, e lá foi de táxi para a Prata, e logo estaria com a família. Retornou para a Paraíba, onde ficou no município de Prata até 1973. Foi para Juazeiro (BA) e ficou até 1976, quando foi para Serra Talhada (PE). Inteligente, bem-humorado, observador, Marcolino tinha os versos nas veias como a caatinga do Sertão. Não fazia por dinheiro ou reconhecimento, mas porque aquilo revelava o que sua alma podia transformar em arte, em poesia. Mais de 50 músicas de sua autoria foram gravadas por Luiz Gonzaga e diversos outros cantores. Sua simplicidade era peculiar. Por ironia do destino, o matuto que temia atravessar as movimentadas ruas do Rio de Janeiro, em 19 de setembro de 1987, ao tentar desviar seu carro, de uma vaca que atravessava a rodovia, sofreu um grave acidente  em Carnaíba (PE) passava por Afogados da Ingazeira. Vinha com um filho, Ubirajara Marcolino, que foi hospitalizado, mas sem gravidade. Zé Marcolino, sofreu fratura no crânio, foi levado para o Recife, mas faleceu no dia seguinte à altura de Vitória de Santo Antão (PE), estava com 57 anos de idade.

Jonas do Nascimento dos Santos

Fontes:

http://opiniaotriunfodigital.blogspot.com/2013/06/homenagem-ao-poeta-ze-marcolino-que_28.html

https://jc.ne10.uol.com.br/cultura/musica/2020/06/11951939-ze-marcolino–autor-de-numa-sala-de-reboco–faria-90-anos-hoje.html

https://programacantosecontos.com/ze-marcolino-faria-91-anos-de-idade-hoje

 

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