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Data de publicação do verbete: 23/08/2023

Miguel Reberth

Ator e professor de artes (teatro).
Data de publicação: agosto 23, 2023

Nascimento: 28 de abril de 1992

Naturalidade: João Pessoa – PB

Atividades artístico-culturais: Ator e professor de artes (teatro)

Instagram: @miguel_reberth

O ator e professor de artes, Miguel Reberth, nasceu em João Pessoa – PB, em 28 de abril de 1992, coincidentemente o dia nacional da educação. Marcado por uma infância repleta de criatividade, o artista cresceu atuando na cena cultural paraibana, participando de projetos e compartilhando conhecimentos com as gerações futuras. 

Com cerca de 10 anos de idade, Miguel teve seu primeiro contato com o mundo das artes ao ser convidado pela professora de educação física para interpretar a boi bumbá na festa folclórica do colégio. Assim, o ator entrou no grupo de teatro da escola e, logo em seguida, participou também das Paixões de Cristo realizadas pela comunidade católica em Mangabeira, entre outras atividades. Entretanto, foi somente em 2008 que Reberth começou a atuar profissionalmente e, desde então, essa é a sua paixão. 

Apesar de inicialmente desejar cursar história, por não obter sucesso em seu primeiro vestibular, o ator não seguiu carreira. Foi então que, em 2012, já realizando oficinas de teatro para crianças e viajando a trabalho, percebeu sua real vocação e iniciou a licenciatura em teatro na UFPB para se aprimorar ainda mais na área. Nesta graduação, Miguel teve a oportunidade de participar de alguns grupos de pesquisa voltado para o âmbito teatro-educacional, colaborando no programa Residência Pedagógica – CAPES, através do acompanhamento de 1 ano e meio de alunos na Escola da Penha – JP. Além das boas experiências, esse projeto resultou em seu TCC: “O barco navega – Contando e recontando histórias na escola da Penha”, no qual narra essa vivência. O ator ainda cooperou no projeto “ A voz nordestina em cena: relato de experiência na preparação vocal de marcadores de quadrilha junina”, como forma de afirmar seu amor pela cultura popular, especificamente, as festas juninas, nas quais ele se apresentou por muitos anos.

Sua carreira teatral profissional teve início com apresentações para o público infantil porém, com o passar do tempo, Reberth participou de diversas outras produções. Membro do elenco da Arretado Produções Artísticas, entre 2007 e 2009, ele atuou em espetáculos como: “A Bela e a Fera”, “A Batalha da Vírgula”, “Rochel e os Rubis Desaparecidos”, “Branca de Neve”, entre outros, todos da direção de Nelson Alexandre. Além disso, encenou também no Coletivo Cara Dupla de Teatro (2008-2022) em obras como “Pinóquio”, “O Mágico de Oz”, “O Rico Avarento” e  “Pluft, o Fantasminha”, dirigidos por Letícia Rodrigues. Miguel participou ainda das edições de 2022 e 2023 da Paixão de Cristo “O Drama de Vida e Morte de Jesus Cristo” realizada pela PMJP, com direção de Edilson Alves e texto de Everaldo Vasconcelos.

Além das suas atividades artístico-culturais, Miguel é também membro fundador e Coordenador da Cia de Teatro Soluar, organizadora do Festival de Teatro de Mangabeira, que tem como grande finalidade levar o teatro para a população do local. Ele ainda atua em todos os espetáculos da Cia: “Marcas do dia-a-dia” dirigido por Angelo Guimarães, “Caboré a Ópera da Mulher Feia” na direção de José Maciel, “A Nóia”, “Família de Seu Zé” e “Trupizupe – O Maior Quengo do Nordeste”, todos na direção de Edilson Alves. 

Assim, Miguel enxerga a arte como forma de revolução, como algo que deve ser feito para o povo, exaltando sempre a importância do Teatro de Rua de forma a democratizar essa expressão artística, seja nos grandes espaços urbanos ou num pequeno povoado no interior da Paraíba. “Arte transforma, ele ressignifica, dá vida”, conta o artista.

Além de professor, Miguel trabalha como coordenador pedagógico, inspirando seus alunos a explorar o mundo das artes. O ator conta que busca trazer uma didática mais leve e dinâmica, realizando show de talentos, aulas em campo, visitas ao teatro, entre outros exercícios. Atualmente, Reberth é ator da Trupe de Humor da Paraíba (Pastoril Profano), compondo o elenco dos espetáculos: “As Domésticas Profanas”, “A Escolinha” em “haja agonia” e “Cide é Ela”, dirigidos por Edilson Alves. O artista continua acreditando não só no poder  emocional da arte, mas também social, que transforma realidades e, conclui com o anseio de cada vez mais a cultura paraibana se destacar e alcançar pessoas de todo o estado:

“Hoje meu grande desejo como artista paraibano é ver a arte chegando nos lugares mais necessitados de nosso estado. Que o teatro possa chegar desde de um bairro isolado na zona sul de JP, até mesmo em um povoado de nosso alto sertão. Que o poder público possa investir mais no acesso à cultura, na realização de apresentações, cursos, festivais para o POVO! Arte é capaz de iluminar uma densa escuridão!”, conclui o ator.

 

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